A introdução do boi na agricultura das tribos [de Israel, ou dos povos daquela época em geral, não sei se eu entendi direito] aumenta a produção de alimentos, mas também acentua e agudiza os conflitos. As diferenças sociais são aprofundadas. Os conflitos surgem porque os clãs que adquirem os bois, podendo trabalhar extensões de terra maiores que as famílias que não os possuem, avançam sobre as terras tribais, aumentam a produção e com isso começam a concentrar terras, aumentando seu poder na comunidade e investindo no comércio. Aparece a figura dos "donos de bois", "senhores notáveis", grandes proprietários (ba'al/ba'lim), de Siquém (Jz 9-51), de Queila (1Sm 23,11), grandes proprietários de terras e rebanhos (adon), como Nabal, do Carmel (1Sm 25,2.10), e sua presença na sociedade começa a mudar as estruturas de poder e de distribuição das terras nas vilas camponesas. A solidariedade tribal enfraquece.